Seu bebê: do berço para a cama

Para papais e mamães de plantão, não importando a idade do bebê, o seu cotidiano estará sempre cercado de providências. E um desses cuidados é tentar decidir sobre a hora certa de tirar o pequeno do berço e levá-lo para a primeira caminha.

Por https://br.mulher.yahoo.com
 

A pediatra Thatiane Mahet - que detém os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria - ajuda a esclarecer dúvidas nesse sentido.

Até quando crianças devem dormir em berços?
"Não existe idade certa para os pais trocarem o berço pela cama. Todas as medidas a serem tomadas com a criança devem ser gradativas, respeitando-se sempre a maturidade e o desenvolvimento de cada uma. Dentro desse enfoque, a criança só deve ser colocada na cama quando já souber sair dela sem cair. Uma criança aprende espontaneamente a virar de costas e sair da cama. Quando ela aprende isso, está apta a ir para a cama", explica Thatiane.

A médica lembra também que esse tipo de mudança, geralmente, é natural, afinal os pais percebem facilmente quando o filho está pronto para uma adaptação (já esperada). A pediatra detalha que - quando se dá esse estágio (que antecipa a mudança do berço para a cama), a criança já está em plena mobilidade: "Em tal momento, ela mostra desenvoltura, por exemplo, ao descer do sofá; do mesmo modo, sobe e desce de brinquedos, assim como sobe e desce escadas tranquilamente".

Mas ela define que não há uma idade certa para a substituição do berço para a cama, pois esse grau de maturidade (psicológica e motora) - embora ocorra em torno dos 2 anos para a maioria das crianças - pode variar, de fato, ocorrendo mais cedo ou mais tarde, dependendo da criança.

Como ajudar seu filho a fazer uma transição tranquila para a cama?
A pediatra alerta para uma necessidade: a de não fazer a transição junto com outra mudança, como o desfraldamento e a troca de quarto. "O momento da mudança deve ser gradativo, respeitando-se os limites da criança. Ainda assim, se durante a transição a criança apresentar dificuldades, também não deve ser levada de volta ao berço, porque isso representaria um passo atrás. Por isso, antes de ser colocada em prática, a novidade deve ser bem estudada pelos pais e conversada com o pediatra, que pode esclarecer quanto ao momento mais adequado para a mudança".

A questão da segurança / integridade física
Quanto à possibilidade das temidas quedas no período, Thatiane Mahet orienta a respeito da prevenção destas. A pediatra esclarece que, para isso, um quesito importante é a proteção lateral adequada. Nessa linha de segurança, ela diz que outro fator determinante é o (devido) ajustamento do lençol à cama: ele deve ficar bem preso às bordas, a fim de evitar que - com a mudança de posição -, se desprenda do colchão e isso prejudique o equilíbrio da criança. Mahet recomenda o mesmo cuidado quanto aos outros objetos presentes na cama, além do travesseiro da criança, naturalmente.

Os melhores modelos de camas para o momento pós-berço
Quanto aos modelos mais indicados, a médica orienta para que tais camas sejam baixas (a menor altura possível) e possuam encosto lateral - que impeça uma possível queda da criança ao se virar dormindo. Ela também faz outra ressalva quanto à altura: que esta seja aumentada gradativamente, ou seja, de acordo com a idade da criança.

Outras medidas de segurança no modelo das caminhas - e seus acoplamentos na rotina - referem-se àqueles protetores laterais portáteis, os quais podem ser levados em viagens e visitas (durante as quais as crianças irão dormir em camas convencionais, ou seja, maiores).

 

A recomendação final da médica é, segundo ela, outro critério de suma importância: a necessidade de que os pais verifiquem se a cama tem o selo do Inmetro.