As últimas semanas de gestação - Parte IV

Parto normal ou cesárea

 

 

Por https://www.gravidafeliz.com.br

 

 

Entre os fatos que mais preocupam a gestante está o tipo de parto. É comum, depois da segunda metade da gravidez, a paciente perguntar: "O meu parto vai ser normal?" geralmente não se pode saber. Somente em alguns casos é que se poderá determinar, antecipadamente, com certeza, como ele será.

 

Podemos dizer, por antecipação, que será cesárea quando houver:

 

o       Uma cesárea anterior, juntamente com falta de condições apropriadas para um parto normal;

o       Bacia de proporções pequenas, que impedem a passagem do feto;

o       Placenta prévia - a placenta está baixa, impedindo a passagem da criança por estar na frente da cabeça do feto;

o       Exames de vitalidade fetal, realizados no fim da gestação, sugerem comprometimento do bem-estar fetal.

 

Excluídas essas causas, só saberemos a modalidade do parto no momento final da gravidez.

Entre as principais causas de cesáreas definidas apenas no final da gravidez, temos:

 

·         gestação ultrapassando em demasia a data provável do parto (pósdatismo);

·         apresentação pélvica - criança sentada;

·         rotura prematura da bolsa: a bolsa rompe-se e não existem contrações, nem mesmo quando estimuladas com medicamento ("soro");

·         hipertensão arterial - pode estar levando a um sofrimento fetal;

·         batimentos irregulares do coração da criança;

·         presença de mecônio - líquido amniótico verde, devido à eliminação de fezes por parte do feto. Significa que a criança está em sofrimento;

·         falta de progressão do trabalho de parto: a cabeça não desce, o colo não dilata, contrações desordenadas e insuficientes.

·         Não ocorrendo nenhum desses imprevistos, o parto deverá ser normal.

Parto cesárea com hora marcada realizado em casos especiais

Normalmente, a cirurgia dura de meia a duas horas, e poderá ser marcada pela manhã, tarde ou noite do dia determinado; vai depender da disponibilidade dos horários do hospital e de outras conveniências. A gestante deverá estar em jejum de 6 a 8 horas. Depois de internada, será feita a mesma avaliação que no parto normal: pressão, batimentos cardíacos, altura do útero, posição e condições do bebê. Ainda na triagem poderá ser feita a tricotomia (raspagem dos pelos pubianos). De lá, a gestante vai para a sala de pré-parto. Ali irá esperar a equipe chegar e se aprontar.

Na sala de parto que, muitas vezes, é a mesma usada para partos normais, a gestante será anestesiada. A técnica mais usada é o bloqueio (raqui ou peridural). Em seguida, é feita a assepsia da região, e colocada uma sonda na bexiga. Assim que os campos cirúrgicos são colocados, é iniciada a abertura da cavidade.

A gestante estará consciente o tempo todo. São sete planos de corte até chegar ao bebê. As vezes ele é retirado com a ajuda de uma alavanca. Essa etapa demora, dependendo do caso, de 3 a 10 minutos. A seguir, corta-se o cordão, retira-se a placenta e suturam-se os tecidos. O bebê, também em cesáreas marcadas, é (DEVE SER) entregue à mãe para a primeira mamada. Antes de totalmente cicatrizado, o corte terá cerca de 12 cm, depois ficará com 9 cm. Feito exatamente na linha dos pelos pubianos, horizontalmente, fica quase invisível. Nas cesáreas seguintes, caso sejam recomendadas, o corte é feito no mesmo local e aumenta alguns milímetros na largura.