Parto cesariana pelo SUS: saiba mais

O SUS realiza a cesárea gratuita quando o bebê ou a mãe correm risco durante o parto normal.

 

Por https://www.mundodastribos.com

cesárea é um tipo de parto realizado a partir de um procedimento cirúrgico. Várias circunstâncias podem fazer omédico optar por esta técnica, mas algumas mães também escolhem a cesariana ao invés do parto normal para evitar tanto sofrimento.

A cesárea é recomendada principalmente quando o trabalho de parto não está acontecendo de forma adequada, ou seja, quando o bebê é muito grande ou está numa posição invertida. Desta forma, a mamãe passa a ser uma paciente cirúrgica e necessita de cuidados especiais.
 

CESÁREA GRATUITA PELO SUS

Pelos SUS (Sistema Único de Saúde), a cesárea só pode ser realizada em casos de necessidade, ou seja, o surgimento de alguma complicação que torna o parto normal arriscado. Quando a gravidez transcorre normalmente, a mulher não tem direito a cesárea gratuita pelo SUS.

As mamães que desejam fazer o parto cesariano sem necessidade normalmente arcam com as despesas deste procedimento cirúrgico. Desta forma, elas não passam horas sentindo as dores das contrações e podem programar o parto para o melhor dia.
 

Os médicos muitas vezes optam pela cesárea porque não são incentivados financeiramente a dedicar horas do seu tempo a uma paciente que está em trabalho de parto. O valor pago pelo SUS para o médico realizar o parto normal é de apenas 25 reais a mais que a cesárea.

Nos últimos anos, tem aumentado muito o número de cesáreas no Brasil. De acordo com os médicos, isto é muito perigoso, pois o procedimento cirúrgico oferece complicações tanto para o bebê como também para a mãe.

Com a cesárea, existe a chance de a criança ser retirada do ventre antes da hora, aumentando assim o risco de desconforto respiratório. Já a mãe enfrenta um pós-parto demorado e dolorido, além do que corre risco de infecção hospitalar.
 

Para ser submetida à cesárea, a mãe recebe uma anestesia peridural, um recurso que faz com que ela não sinta qualquer tipo de dor durante o procedimento.

O médico corta sete camadas até chegar ao útero, fazendo uma incisão de 10 centímetros bem acima da linha dos pelos púbicos. Quando alcança o bebê, puxa-o suavemente. Depois que a criança nasce, a equipe médica remove a placenta e o corte é fechado com pontos.

A cesárea tem uma recuperação mais lenta do que qualquer outro tipo de parto. A mãe pode sentir cólicas e dores durante o período de recuperação, além do que fica mais vulnerável às infecções. A retirada dos pontos acontece de 7 a 10 dias depois do parto.
 

Antes de tomar qualquer decisão com relação ao parto do seu filho, tire todas as dúvidas juntamente com o seu médico.
 
Geralmente, as mulheres decidem por dar a luz através da cesárea por medo de sentir dor, do bebê se enforcar com o cordão umbilical, ou até por temer possíveis danos à vagina quando o parto é normal. Esse método também pode ser uma indicação médica, se julgar que é melhor para a mãe e para a criança. Porém, muitas mulheres pedem para trazer o seu filho ao mundo através de um corte rente ao pé da barriga, acompanhado claro por uma bela anestesia.
No Brasil, 52% dos partos são realizados por meio de cesariana se levado em consideração os nascimentos efetuados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já na rede particular o porcentual chega a 82%. A taxa de antecipação de nascimentos para que esse procedimento aconteça é de até 15% do total de partos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o parto normal, salvo alguns casos extremos, como quando o parto é de gêmeos, e por isso, chegou a emitir um alerta para as autoridades brasileiras prevenirem esse excesso de cesáreas no país.

Acredita-se que a cesárea é mais prática, pois pode ser agendada pelo médico antes mesmo da mãe começar a ter as dores naturais do parto. Além disso, o procedimento evoluiu muito desde que foi desenvolvido, e atualmente as mulheres têm acesso a técnicas seguras de antissepsia e anestesia. Os antibióticos auxiliam no combate a possíveis infecções e as transfusões de sangue podem assegurar a vida da mãe, caso algum imprevisto aconteça e desencadeie uma perca de sangue elevada. Mas, assim como o parto normal, a cesárea possui riscos para o pequenino que chega ao mundo.

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS

Os cientistas, da Universidade de Aarhus, analisaram informações obtidas de 34 mil partos e concluíram que as mães que optaram pela cesariana em vez do parto normal aumentaram em até quatro vezes o risco de seus filhos desenvolver problemas no pulmão. No estudo publicado em 2007, os pesquisadores explicam que durante o parto normal, o bebê passa por transformações hormonais e fisiológicas que contribuem para o “amadurecimento do pulmão”, por isso, se a cesárea acontecer de modo emergencial, por conta de complicações do parto normal, a criança pode ter pulmões mais saudáveis. O estudo foi publicado no British Medical Journal em 2007.

PROBLEMAS INTESTINAIS

Bebês nascidos por cesariana tem o dobro de chances de apresentar obesidade na infância, se comparados aos que vêm ao mundo por meio do parto normal. A constatação foi divulgada em um levantamento publicado na revista científica Archives of Disease in Childhood. O estudo contou com 1.255 crianças, que foram analisadas.

O problema intestinal pode ser recorrente a falta de uma bactéria que o bebê contrai ao nascer de parto natural, que é “transmitida” pela mãe, e ajuda a melhorar o funcionamento do intestino. Quem nasce de cesárea acaba tendo menos bactérias benéficas no organismo e mais micro-organismos que prejudicam a regulação da absorção do açúcar.

Antes de optar pela cesárea o ideal é ter uma conversa franca com o seu médico e verificar os benéficos e malefícios desse procedimento. Para quem vai pagar para dar a luz dessa forma, saiba que o aparato para a cesariana é maior e por esse motivo o procedimento é mais caro. Com relação aos principais medos femininos, é necessário esclarecer que o enforcamento com o cordão umbilical em partos normais podem ser evitados, além disso, a vagina nem sempre é danificada após o nascimento do bebê por essa via.