Mulheres obesas tem maior risco de gravidez indesejada

Noticia veiculada pela Vya Estelar comenta pesquisa britânica em que mulheres obesas teriam maior probabilidade de engravidarem inadvertidamente. Esta situação é duplamente de risco, uma vez que a gravidez indesejada é de risco (pela menor aderência ao pré-natal), assim como a gravidez em obesas.

 

Por https://www2.uol.com.br/vyaestelar/saude_sexual_obesidade.htm

O British Medical Journal publicou uma pesquisa revelando que pessoas obesas têm uma vida sexual de qualidade inferior, sugerindo que esses dois problemas andam juntos num circulo vicioso.

A pesquisa foi conduzida na França e envolveu mais de 12 mil homens e mulheres com idades entre 18 e 69 anos. Os resultados mostraram que as mulheres obesas tinham uma chance 30% menor de ter um parceiro sexual nos 12 meses anteriores à pesquisa e tinham menos convicção de que o sexo representa uma questão importante para suas vidas. 

Além disso, as mulheres obesas conheciam mais frequentemente seus parceiros pela internet e era mais comum que esses parceiros fossem obesos também. 

O resultado mais preocupante do estudo foi o fato das mulheres obesas, com idades entre 18 e 29 anos, usarem métodos anticoncepcionais com menor freqüência e ainda apresentarem um risco quatro vezes maior de gravidez indesejada.

Já no caso dos homens, os obesos tinham uma chance 2.6 vezes maior de apresentarem disfunção erétil e apresentavam um maior risco de infecções sexualmente transmissíveis e comportamento sexual de risco. Os homens se enxergavam como obesos de forma menos comum do que as mulheres, e de uma forma geral, os efeitos da obesidade sobre a saúde sexual foram mais significativos nas mulheres, o que pode ser explicado pelo fato delas enfrentarem um estigma maior associado à obesidade.

O estudo francês serve de estímulo para que se investigue o impacto da obesidade na vida sexual de outras culturas. Deve também servir de alerta aos médicos de que a saúde sexual dos obesos merece uma atenção redobrada. 

É difícil imaginar um médico que não concorde que a sexualidade seja uma dimensão da experiência humana de grande importância para a promoção da saúde. Entretanto, pouco se conversa sobre esse tema no dia a dia das consultas médicas, pois nem os médicos, nem os pacientes, sentem-se muito à vontade. Da mesma forma, muitos médicos deixam de orientar seus pacientes a controlar o peso, por temerem que os pacientes possam se sentir melindrados, especialmente as mulheres.