INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O EXAME DE ULTRASSOM

UM EXAME SUPER SIMPLES QUE DEVE SER REALIZADO PELAS FUTURAS MAMÃES, AFIM DE SABER SE ESTÁ CORRENDO TUDO BEM COM A GESTAÇÃO E SEU BEBÊ, ALÉM DE SER UM CANAL PARA DESCOBRIR O SEXO DO BEBÊ.
Para informações a mais sobre todos os exames de ultrassom que devem ser realizados acesse: ULTRASSOM.
 

Por https://bebe.abril.com.br e https://brasil.babycenter.com



 

O termo ultrassom se refere a ondas sonoras com frequência superior àquela que nós, humanos, somos capazes de ouvir. Ao entender apropriadamente os princípios físicos dessa tecnologia, o ultrassonografista está apto a otimizar a qualidade da imagem, contribuindo para um diagnóstico de alta qualidade e precisão. Apesar de aparentemente simples, esse exame tão comum ainda gera muitas dúvidas entre as futuras mamães. O obstetra Victor Bunduki,  especialista em medicina fetal e ultrassonografia do CDB Premium, em São Paulo, tem as respostas:

 

O ultrassom é um exame seguro?

Dr. Victor Bunduki – “Sim, é um exame isento de contraindicações tanto para a mãe quanto para o feto. No caso do ultrassom com dopplerfluxometria colorida, que analisa o fluxo sanguíneo em diferentes vasos do corpo humano, recomendamos que seja realizado somente após a 9ª semana de gestação, para maior segurança.

 

É verdade que o feto, ao contrário dos humanos, ouve o som emitido pela tecnologia ultrassom?

Dr. Victor Bunduki – “Não. No ultrassom, lidamos com mais de três milhões de hertz, enquanto o ouvido humano escuta até dois mil hertz. Portanto, essa possibilidade está totalmente descartada.”

 

 A partir de quando é possível ter uma imagem do bebê?

Dr. Victor Bunduki – “Como as semanas de gestação são contadas a partir da data da última menstruação, é possível enxergar o embrião a partir da quinta semana – pelo ultrassom transvaginal, ou ainda a partir da sexta semana, via suprapúbica. É nessa fase que, apesar de o embrião medir poucos milímetros, podemos identificar e ouvir seus batimentos cardíacos.”

Existe um ‘número ideal’ de ultrassonografias recomendado às gestantes?

Dr. Victor Bunduki – “Não há um número ideal. Quem determina os pedidos de exame é o obstetra da paciente, de acordo com as características da gestação. Entretanto, quatro exames seriam o mínimo necessário durante uma gestação normal. O primeiro, para confirmar a gravidez e descartar ou não a ocorrência de gestação gemelar. Ainda no primeiro trimestre, medimos a translucência nucal; no segundo trimestre, é possível realizar uma boa avaliação morfológica; e, no terceiro trimestre, devemos revisar a morfologia e acompanhar o crescimento, a quantidade de líquido amniótico e o aspecto da placenta.”
 

Que doenças podem ser identificadas durante o ultrassom gestacional?

Dr. Victor Bunduki -  “São inúmeros tipos de malformações estruturais que podem ser detectados pelo ultrassom. Entre os mais recorrentes estão a hidrocefalia, que é o acúmulo de fluido cerebroespinhal nas cavidades ventriculares do cérebro e  outros distúrbios do sistema nervoso central, além de alguns tipos de malformações cardíacas, entre outras.”

 

 Em que casos o obstetra costuma solicitar exames mais sofisticados de ultrassom, como Doppler, 3D e 4D?

Dr. Victor Bunduki -  “O ultrassom com doppler é indicado para avaliar a circulação da mãe para o bebê e para checar o fluxo nos vasos internos do bebê. É importante nos casos de diabetes, hipertensão e retardo de crescimento fetal, por exemplo.  Já o ultrassom 3D nos permite enxergar as estruturas fetais em três dimensões, melhorando muito a visão da anatomia de superfície, principalmente do rostinho do bebê. Também é muito útil como complemento do ultrassom convencional em caso de diagnóstico de malformações. No 4D, além das imagens bastante reais, também é possível acompanhar os movimentos do bebê.”

 

É possível que o ultrassom acuse uma informação equivocada, indicando problemas inexistentes?

Dr. Victor Bunduki-  “Por mais que uma tecnologia ofereça recursos de ponta, o exame depende de um operador passível de cometer falhas. Por isso, além de se recomendar que uma malformação, por exemplo, seja confirmada através de um novo exame, é importante que a gestante realize seus exames em clínicas com boa reputação, principalmente que tenham profissionais especializados em medicina fetal.”

 

Mesmo que todos os exames solicitados estejam aparentemente normais, é possível que uma criança nasça com alguma malformação?

Dr. Victor Bunduki -  “É possível, já que a sensibilidade ou taxa de detecção do ultrassom gira em torno de 90% na identificação de malformações estruturais. Sendo assim – e por existirem malformações muito discretas, de difícil identificação  o exame tem suas limitações. Por isso, há casos em que existe indicação de um acompanhamento rigoroso, com a realização de exames complementares.”

 

Há casos em que o ultrassom identifica a necessidade de intervenções na hora do nascimento do bebê?

Dr. Victor Bunduki -  “Sim, especialmente as cardiopatias e doenças do tórax. Há intervenções que podem ocorrer inclusive no ambiente intrauterino, como transfusões de sangue, , punções de líquido amniótico com finalidade terapêutica, entre outros. Fetos portadores de malformações cardíacas graves devem nascer em um centro de referência provido de UTI neonatal, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos, prontos para atender o recém-nascido cardiopata, dado que desse atendimento depende a sua sobrevida.”

 

Como deve ser a preparação da gestante para o exame de ultrassom?

Dr. Victor Bunduki-  “Nos três primeiros meses é necessário que a gestante beba bastante água antes de se submeter ao exame. Pelo menos, entre quatro e cinco copos. Depois da 12a semana, entretanto, isso não é mais necessário. Vale ressaltar que, ao contrário do ultrassom suprapúbico, o transvaginal é realizado com a bexiga vazia. O gel utilizado durante o exame é o meio ideal para a transmissão das ondas sonoras através da pele e facilitar o deslizamento do equipamento.”

 

MAS ENQUANTO AO SEXO DO BEBÊ?



A ultrassonografia pode indicar errado o sexo do bebê, especialmente nos meses iniciais da gravidez. O  
ultrassom, feito ao redor da 13a semana, não consegue confirmar o sexo do bebê, porque nesta fase da gestação a criança ainda não tem a genitália formada. 

O que se vê é uma estrutura chamada apêndice fetal, a qual, dependendo da posição em relação ao tronco do bebê, sugere que seja menina ou menino. Mas esta informação pode ter 20% de erro. 

A partir de 16 semanas completas de gestação, os órgãos sexuais estão desenvolvidos, e, se o bebê colaborar na posição, o aparelho for bom e o ultrassonografista conseguir ver bem, muitas vezes é possível confirmar o sexo do bebê. 

Caso a posição não seja favorável, o ultrassonografista deve avisar que não dá para ter certeza e orientar a gestante a esperar pelo ultrassom de 20 semanas (o chamado ultrassom morfológico).