Hospital de Rio Preto é referência no tratamento da cardiopatia congênita

UTI pediátrica do Hospital de Base é o maior da região noroeste paulista.
Em 11 anos de funcionamento, setor de cirurgia operou 3.500 pacientes.

 

 

Por - G1 Rio Preto e Araçatuba

 

A cardiopatia congênita é uma doença não muito conhecida, mas preocupante, já que o problema afeta um a cada 100 bebês nascidos no país.

 

O Hospital de Base em São José do Rio Preto (SP) se tornou referência no tratamento, o que traz esperança para muitas famílias.

Mesmo com poucos meses de vida, os bebê já enfrentam uma batalha pela sobrevivência. Na UTI pediátrica do Hospital de Base, o maior da região noroeste paulista,  bebês que nasceram com doenças cardíacas recebem acompanhamento médico.

O cardiologista André Bodini fala sobre o problema de coração mais comum entre os recém-nascidos. “São alteração na anatomia do coração e faz com que a função do coração seja atingida. Há cardiopatia em que as crianças podem viver sem problema nenhum, mas em alguns casos trazem consequências até em caso de morte”, afirma.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, por ano nascem no Brasil, 23 mil crianças com algum problema cardíaco. Para chamar a atenção da sociedade, instituições de saúde de todo o país realizam várias vezes por ano, ações de conscientização. Em Rio Preto, o HB sempre apoia as campanhas nacionais.

O Hospital de Base de Rio Preto é considerado um centro de referência nacional para o tratamento de cardiopatias congênitas e doenças cardíacas que atingem recém-nascidos. Em 11 anos de funcionamento, o setor de cirurgia operou 3.500 pacientes de todo o país.

O HB foi a primeira instituição do interior do país a realizar um transplante de coração infantil. Até então os procedimentos eram realizados somente em capitais. Até agora foram duas cirurgias. Na última, o menino Davi, de 1 ano e 11 meses, recebeu um novo coração.

Em abril a região acompanhou o esquema montado por policiais e médicos para que o transplante fosse realizado. O coração veio de helicóptero de Botucatu (SP). Davi ficou internado por três meses, no começo de julho recebeu alta e foi para casa.

O médico explica que além de ser referência no setor cirúrgico, o Hospital de Base é considerado modelo na área de diagnóstico precoce. “Toda a comunidade deve insistir em seu obstetra que o ecocardiograma fetal seja realizado porque isso faz com que as crianças que tenha a cardiopatia sejam tratadas em centros de excelência”, diz.